02 julho, 2025

"BLUES DA MORTE DE AMOR" - Vasco Graça Moura

 

"BLUES DA MORTE DE AMOR" - Vasco  Graça Moura

https://voca.ro/19CkriEgpZYH

Voz: Anabela Quelhas

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Tabuleiro de xadrez explosivo jogado por várias mãos

 


Tabuleiro de xadrez explosivo jogado por várias mãos

Pouco percebo de política internacional, mas…

Vamos colocar os dados na balança:

- O Irão, antiga Pérsia, com um território composto por uma área de 1 648 195 km2, é a segunda maior nação do Oriente Médio e a 18.ª maior do mundo. Com mais de 77 milhões de habitantes, o Irão é o 17.º país mais populoso do mundo. É um dos países mais antigos do mundo que começa com a formação do reino de Elam em 2800 a.C., ou seja, tem 4800 anos. Nunca foi colónia, e já experimentaram um regime dito moderno, manipulado pelos Estados Unidos e parece que não gostaram. Em 1979 fizeram uma revolução e iniciaram um novo caminho, bom ou mau, é o caminho deles, que foi referendado.

Capital: Teerão

Emissões de CO₂ per capita: 7,67 toneladas métricas (2022) Banco Mundial

Taxa de fertilidade: 1,68 nascimentos por mulher (2022) Banco Mundial

Taxa de crescimento do PIB: 5,0% mudança anual (2023) Banco Mundial

Produto Interno Bruto: 404,6 bilhões USD (2023) Banco Mundial

PIB per capita: 4 465,64 USD (2023) Banco Mundial

Renda Nacional Bruta: 1,598 trilhões PPP dollars (2023) Banco Mundial

1º país a reconhecer o Estado de Israel.

- Os Estados Unidos da América um país muito maior com uma área de 9 867 000 km² e uma população de mais de 330 milhões de habitantes, o país é o quarto maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população, porém, foi colónia inglesa desde o sec. XVI e organizou-se como país independente em 1776, ou seja, tem apenas 249 anos de existência, conhecido como o país das oportunidades e pretende mandar no mundo.

PIB per capita: 82 769,41 USD (2023) Banco Mundial

Capital: Washington, D.C.

Emissões de CO₂ per capita: 14,56 toneladas métricas (2022) Banco Mundial

Taxa de fertilidade: 1,66 nascimentos por mulher (2022) Banco Mundial

Taxa de crescimento do PIB: 2,9% mudança anual (2023) Banco Mundial

Produto Interno Bruto: 27,72 trilhões USD (2023) Banco Mundial

PIB per capita: 82 769,41 USD (2023) Banco Mundial

Renda Nacional Bruta: 27,58 trilhões PPP dollars (2023) Banco Mundial

- Israel – a criação do Estado de Israel aconteceu no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas, como parte da divisão da Palestina entre árabes e judeus, situação nunca aceite pelos primeiros. Os judeus são um povo espalhado pelo mundo, em permanente conflito desde a Antiguidade, e agora com 67 anos de existência entende que pode massacrar os palestinianos e até interferir com o Irão.

Capital: Jerusalém

Emissões de CO₂ per capita: 6,46 toneladas métricas (2022) Banco Mundial

Taxa de fertilidade: 2,89 nascimentos por mulher (2022) Banco Mundial

Taxa de crescimento do PIB: 2,4% mudança anual (2023) Banco Mundial

Produto Interno Bruto: 513,6 bilhões USD (2023) Banco Mundial

PIB per capita: 52 642,43 USD (2023) Banco Mundial

Renda Nacional Bruta: 518,1 bilhões PPP dollars (2023) Banco Mundial

 

Neste conflito muitos tentam justificar o ataque ao Irão como tentativa de eliminar a possibilidade do Irão ter a Bomba Atómica, seguindo um critério duvidoso: uns podem ter e outros não. E assim se organiza o mundo! Parece que há o mundo dos bons e o mundo dos maus. Já foi assim durante o período da guerra fria, uns temendo-se aos outros, para no fim termos um Putin, amado por uns e odiado por outros, e um Trump que se acha dono do mundo, odiado por muitos mais, pondo em perigo a segurança mundial, apesar de ocasionalmente ter uns flashs de bom senso, que baralham o mundo.

O perigo de um Irão com Bomba Atómica, pode ser o perigo de um Iraque cheio de armas de destruição em massa, em 2003, que afinal já não existiam, tendo o próprio presidente Bush admitido o erro dos Estados Unidos na avaliação da situação. Consequências: após a queda de Saddam Hussein, o Iraque enfrentou um período de grande instabilidade, incluindo uma insurgência sectária, guerra civil e ascensão do Estado Islâmico.

Também pode ser o perigo de Muammar Kadafi, líder da Líbia, que renunciou ao programa de armas nucleares e químicas da Líbia em 2003, como parte de um acordo para melhorar as relações com o Ocidente. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos afirmou que a morte de Muammar al-Gaddafi "marca o fim de um longo e doloroso capítulo para o povo líbio". Consequências: A morte do antigo líder líbio poderá ser considerada um crime de guerra, segundo o Tribunal Penal Internacional, houve esperanças de que a Líbia pudesse iniciar uma transição para a democracia, no entanto, a realidade foi bem diferente. O país rapidamente se dividiu em facções rivais, com diferentes grupos armados lutando pelo controle de áreas estratégicas e de recursos.

Alguns cidadãos ainda recordarão a guerra do Iraque transmitida em directo pela TV, e a vergonha da famigerada Cimeira das Açores, entre os líderes de Portugal (José Manuel Durão Barroso), Estados Unidos (George W. Bush), Reino Unido (Tony Blair) e Espanha (José Maria Aznar, e a reviravolta que levou a Líbia. Muitos estarão como eu, desconfiados das boas intenções dos Estados Unidos da América.

Isto é um tabuleiro de xadrez explosivo, onde não há bons nem maus, com os americanos a ter sempre "dois pesos e duas medidas" (os judeus são os donos da massa nos States) e a lutar pelos pontos geo-estratégicos onde possam tirar grandes vantagens simulando, que são os guardiões do mundo, quando foram o único país a utilizar bombas atómicas em combate, lançando-as sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.

Num dia Trump defende possível "mudança de regime" no Irão e vai entrar na guerra desencadeada por Israel, no outro dia quer que a guerra acabe no dia do seu palavrão proferido, porque nem Israel nem o Irão respeitaram o cessar-fogo, e parece zangado pela falta de palavra, como se ele tivesse alguma. Daqui até ao dia da publicação do jornal, certamente mudará tudo novamente.

A mudança regime do Irão deve ser feita a partir do interior do Irão, assim eles queiram! Regime fechado que respeitando ou não os direitos humanos, não precisam que a América decida por eles. Os iranianos não são mentecaptos, quando quiserem mudar de regime, eles mudarão.

Imaginem o Irão afirmar que os Estados Unidos devem mudar de regime!!! Ou um dia, algum deles afirmar que em Portugal temos que mudar de política!!!…

Na verdade, não daria a camisola por nenhum deles!

Publicado em NVR 2|07|2025

26 junho, 2025

Aqualuz Troia Mar


ANTECIPANDO 

Alameda do Zambujeiro, 7570-789 Tróia,





 

25 junho, 2025

A indiferença de Siza Vieira


 

Umas vezes digo que fui aluna do Siza durante 3 anos, outras vezes digo “carinhosamente” que levei com o Siza durante 3 anos. Tivemos uma relação de agitação da minha parte e indiferença da parte dele. Andei a fazer levantamentos de caixilharias no Passeio das Virtudes à chuva, para a cadeira de Construção II, com trama de milímetro a milímetro suada, com régua T e esquadro. Pendurei as peças desenhadas na parede da sala de aula , no dia da avaliação, produto de muiiitas horas de trabalho, poucas horas de sono e onde a minha vista começou a cansar. O Siza entrou na sala a fumar e deitou um olhar de relance pelos trabalhos dos alunos. Comecei a ferver em pouca água perante a indiferença dele. Tive assim alguns conflitos silenciosos, que depois se resolviam à hora do almoço na cantina, partilhando o café. Foi o prof mais teimoso que conheci, por vezes no meu desespero de não arranjar argumentos capazes, eu pensava, “Ele faz-se de burro! Este prof é impossível! Desesperante!”

Nunca esqueço a sua voz monocórdica, nas sessões realizadas no anfiteatro, a explicar o procêsso e o projêcto com o seu sotaque tripeiro.

A sua Bomba Amarela (Casa Beires) foi a maior lição de arquitectura que ele partilhou com todos os seus alunos. Tive a sorte de assistir a uma apresentação de uma obra dele, que agora não lembro, e entender exactamente a sua forma de ler e interpretar a malha urbana de uma cidade e abriu-se uma janelinha na minha cabeça que provocou uma verdadeira revolução interior, alterando todos os conceitos que habitavam o meu pensamento. De repente terminei o curso de arquitectura com a melhor nota, um dezasseis e adquiri uma visão diferente sobre os aglomerados urbanos, que me acompanha até hoje.

Visitei a Bomba Amarela diversas vezes, e tanto a piscina de Leça como a Casa de Chá fizeram parte dos meus momentos de lazer ao longo de alguns anos.

Obrigada Siza. São 92 anos. Que contes muitos mais!

O LIVRO DE PONTO

 

O LIVRO DE PONTO


 

Aprecio investigar sobre tipo de livros e chegou a vez dos famosos Livros de Ponto, que muitos de nós já utilizámos, apreciando ou não, e que na maioria dos locais de trabalho já foi substituído. As gerações mais jovens talvez nem conheçam.

O livro de ponto é um documento, geralmente físico, como um caderno, onde os funcionários registam os seus horários de entrada, saída e intervalos do trabalho. Ele serve como um controlo de jornada de trabalho e é utilizado para fins de cálculo do salário, horas extras e para cumprimento das obrigações legais de uma empresa, associação ou grupo.

O registo é manual sobre papel, e por vezes possibilita também a descrição da tarefa executada com preenchimento de um denominado sumário.

Ao nível formal, utilizam-se tabelas, ou grelhas com colunas, imprimidas antecipadamente, e devidamente identificadas para facilitar o preenchimento, por parte do trabalhador, em que a maioria das vezes só tem de colocar a sua assinatura no espaço certo.

No exterior, a capa e a contra-capa, são rígidas, de cor escura - preto, cinzento ou azul escuro - para não se notar marcas resultantes do manuseamento, onde se colava uma etiqueta branca com esquadria vermelha, centrada na parte superior da capa, constando em letra bem desenhada à mão, a identificação do livro. A lombada e as arestas do livro (cantos) são frequentemente reforçadas com papel vermelho ou cinzento.

A necessidade de registar surge com a revolução industrial. Na economia pré-industrial, o artesão detinha o controle sobre o ciclo completo de produção, desde a matéria-prima até o produto final e o lucro. A Revolução Industrial marcou uma profunda mudança nas relações de produção, com os operários perdendo o controle sobre o processo produtivo, com a divisão do trabalho e a produção em série, tornando-se meros executores de tarefas repetitivas, sob a direcção do capital.

O trabalho concentrou-se nas fábricas, onde máquinas pertencentes aos donos das empresas substituíram o trabalho manual, os operários, antes artesãos, passaram a executar tarefas específicas, controladas por máquinas e subordinadas aos interesses dos proprietários.

No início o controle de presença era feito por um operário que anotava os horários de entrada e saída dos demais trabalhadores, mais tarde havendo confiança de ambas as partes, era o próprio trabalhador que geria o seu registo.

O livro de ponto é importante para a empresa e para os funcionários, evitando conflitos laborais:

Para a empresa, ajuda a garantir a organização e o cumprimento das leis sobre o trabalho, além de auxiliar no cálculo correto da folha de pagamento.

Para o funcionário, garante que as suas horas trabalhadas sejam registadas correctamente, permitindo o recebimento justo pelo seu trabalho, incluindo horas extras.

Em 1888, Willard Bundy construiu o primeiro relógio de ponto em Nova York, nos Estados Unidos, deixando de haver o registo em papel e passando a ser mecânico, com um dispositivo que utilizava cartões perfurados para registar a entrada e saída dos trabalhadores, substituindo o registo manual feito por outro funcionário

O controle de ponto electrónico é um modelo ainda mais moderno, que possibilita ao funcionário o registo da sua presença através do relógio de ponto biométrico - tecnologia que regista a localização do funcionário no momento em que ele marca o ponto (lá se vai a privacidade!). Combina o registo laboral com a tecnologia GPS no ponto da sua marcação.

A evolução do relógio de ponto adaptou-se à era digital. Agora o registo de horas pode ser feito pelo computador ou pelo telemóvel do funcionário, sendo ainda mais benéfico na situação do teletrabalho.

Voltando ao livro de ponto físico, um livro totalmente preenchido ou esgotado era substituído por outro e outro e assim sucessivamente, o que exigia grandes arquivos para guardar os livros esgotados, os denominados arquivos mortos, verdadeiros cemitérios de uma organização ultrapassada.

Publicado em NVR 25|06|2025

"SER DOIDO-ALEGRE, QUE MAIOR VENTURA!" - António Aleixo



Voz: Anabela Quelhas


23 junho, 2025

"NUAMENTE TEMPO" - Maria Teresa Horta

 


"NUAMENTE TEMPO" - Maria Teresa Horta

Voz: Graça Vilela

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