07 novembro, 2025
"ESTRADA SEM SENTIDO" - Graça Vilela
05 novembro, 2025
Banda desenhada
Banda desenhada
Hoje tenho a tarde por
minha conta.
Tarde chuvosa, as
folhas acentuam a alopecia das árvores, uma poltrona em espaço aquecido, a hora
mudou, uns blues de musiquinha de fundo e um livro do Asterix à minha espera:
“Asterix na Lusitânia”.
Entrei para o mundo da
leitura pela porta da BD e é sempre bom voltar.
Investi muitas horas a
ler BD, sou daquelas que colocava a revista de BD no meio dos livros escolares
e fingia estudar, quando a minha mãe espreitava para vigiar o que eu andava a
fazer.
Mais tarde como professora
de Artes Visuais, explorei muito essa área com os meus alunos. Parecia
motivante, os alunos aderiam muito bem a estas actividades, mas rapidamente
descobriam que é uma das formas de comunicação mais difíceis. É considerada a 8.ª
arte. O resultado é brutal, porém o processo construtivo é extremamente
complexo.
É necessário conhecer
toda a linguagem própria da BD, ter uma narrativa interessante e apelativa,
dividi-la por partes, criar um guião ou um roteiro, articular as partes com
desenhos, criar diversas pranchas (páginaa), organizar tiras e vinhetas, com
geometria e regras de composição já interiorizadas.
De seguida é necessário
fazer diversos esboços para serem seleccionadas as personagens que entram na narrativa,
para se desenhar no interior de dada vinheta; inventar os planos, os cenários, planear
os espaços para os cartuxos, as legendas, e os balões. Decidir se há narrador
ou não…
Tudo deve estar
perfeitamente em sintonia, o texto e a imagem sofrem constantes avaliações,
correcções ou adaptações. Depois tem de haver a habilidade de desenhar cada
personagem com o mesmo rosto, corpo e vestuário nas diversas vinhetas. É
necessário escrever o texto alinhado na horizontal e integrado à forma de cada
balão, desenhar onomatopeias e signos cinéticos, que dão som e movimento à
narrativa, prendendo a atenção do leitor.
Depois de tudo vem a
cor, com uma simbologia própria capaz de gerar emoções, e contrariar a
monotonia de cada tira ou prancha.
Finalmente é preciso o
leitor ler, gostar, criar empatia imediata e ultrapassar o gostar; é necessário
criar um vínculo com o leitor, para que volte, leia outra vez e entusiasme os
amigos a ler também. O leitor não se pode cansar a ler BD, se isso acontecer
ele abandonará o livro e não voltará mais.
A BD nasceu por volta
dos anos 30 do século passado, inicialmente impressa depois digital. Pode ser
uma simples tira, uma página inteira, uma revista ou um livro. Inicialmente,
quando tudo era desenhado manualmente, envolvia sempre grandes equipas para concretizar
tão grande empreitada. A tecnologia simplificou muitas tarefas. Se um livro é
difícil de executar, uma BD é muito mais difícil.
A BD é uma das maiores
artes de comunicar. Contam histórias de forma visual e emocional, criando uma
conexão forte com os leitores. A ilustração oferece uma experiência visual
única, há diversos géneros e personagens inesquecíveis e integram aquilo a que
se chama a cultura popular.
Quero aqui deixar
homenagem a todos os autores que animaram a minha geração, e são muitos, desde
os livrinhos de cowbois à Disney, e deixando a indicação para os mais novos
leitores, Tintins, Mafaldas e Asterix são imperdíveis.
Publicado em NVR, 05/11/2025
"ONDE VAIS?" - Bárbara Bandeira
Voz: Anabela Quelhas
file:///E:/radio/audio/149%20-%20onde%20vais%20-%20barbara%20bandeiraa.mp3
Música: Carminho
https://www.youtube.com/watch?v=gIP1hwTJOvs
03 novembro, 2025
31 outubro, 2025
HALLOWEEN 25
Esta semana foi uma semana de tristeza e dor, nem ousamos combinar algo para nos divertir no Halloween. Cada um está com o seu luto, triste, decepcionado com a vida, sem disposição para rir, a reflectir sobre a nossa pequenina dimensão. Relativizar os problemas acho que é o caminho, aguardemos melhores dias, porque a vida é um sopro. Beijinhos.








